Mostrar mensagens com a etiqueta PERSONAL DRAWER. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta PERSONAL DRAWER. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, maio 03, 2011

SP

Saír à rua com o sexo nos olhos
com o sexo em anexo
sentar-se em cadeiras altas
para controlar, ver, verificar
todos na rua. todos em frente. todos fora.
lá dentro. uma vistoria. cá fora brasileiro de um lado, chinês do outro.
ares condicionados chovem e anunciam tempestades.
o céu escultural é claro, é escuro, é negro, é sujo, é medo.
a merda vagueia no mar. o bebé flutua na água.
dos que comem gibóia e arrotam camarão.
dos que atravessa a paulista como um casamento. começar no paraíso e acabar na consolação.
ela corre e derruba o lixo, soca o lixo, bate-se com o lixo.
o lixo espalha-se. voa, acumula-se, nasce, desaparece, é levado nos nossos olhos, faz montanhad de números maiores que infinitos.
eles caem ou já se deitam caídos.
ela grita filha da puta arregaçada, cadela, te enfio o pau na goela.
eles escondem-se debaixo de cobertores castanhos, cartões castanhos.
eles não são mulatos, são castanhos. eles não ameaçam, eles deitam, eles deixam.
eles deixam os outros passar.
os outros passam num desfile.
os outros são estranhos na passagem.
os outros desfilam erros de amor.
os outros amam amar não sabendo, e por isso vão indo, vão andando.
os outros derivam os seus sexos vagueando de corpo inteiro.
os outros calam o entendimento e brincam de trocar de papel.
os outros falam-se e entendem-se.
os outros amam-se antes do verbo e reclamam experiência além do objecto.
o objecto dos outros é isto.
é isto aqui.
é isto aqui agora.
é isto aqui agora mesmo.
é isto aqui agora mesmo que os outros querem.
é isto aqui agora mesmo que os outros precisam de descongelar para ser reformado, lançado e deixado.
os outros vão traduzir os amores.
os amores estão aqui agora mesmo deixando marcas.
as felicidades dos outros nos deixam marcas, nos fazem sorrir e sentir profundamente traçados.
o traço é trabalho.
dá trabalho o amor.
é trabalho o amor.
o amor é traço.
o amor é trabalho.
o trabalho é uma carta de amor dos outros para eles.

quarta-feira, agosto 05, 2009

quinta-feira, junho 18, 2009

aliens among their kindred

I have an idea that some men are born out of their due place.
Accident has cast them amid strangers in their birthplace,
and the leafy lanes they have known from childhood
or the populous streets in which they have played,
remain but a place of passage.
They may spend their whole lives aliens among their kindred
and remain aloof among the only scenes they have ever known.
Perhaps it is this sense of strangeness that sends men
far and wide in search for something permanent,
to which they may attach themselves.
Perhaps some deep-rooted atavism urges the wanderer
back to lands which his ancestors left in the in the dim beginnings of history.
Sometimes a man hits upon a place to which he mysteriously feels that he belongs.
Here is the home he sought, and he will settle amid scenes that he has never seen before,
among the men he has never known,
as though they were familiar to him from his birth.
Here at last he finds rest.

-from The Moon and Sixpence
by W. Somerset Maugham, 1919

terça-feira, abril 28, 2009

Paris is Burning 2 of 11

Paris is Burning 1 of 11

Paris is Burning

Paris is Burning (1990)
An unblinking behind the scenes story of fashion obsessed New Yorkers who created "voguing" and drag balls , and turned these raucous celebrations into a powerful expression of personal pride. The world within a world is instantly familiar, filled with ambitions, desires and yearnings that reflect America itself
is an intimate portrait of one urban community, a world in which the allure of high fashion, status and wealth becomes an affirmation of love, acceptance and joy.

Paris is Burning 4 of 11

Paris is Burning 3 of 11

Paris is Burning 8 of 11

Paris is Burning 7 of 11

Paris is Burning 6 of 11

Paris is Burning 5 of 11

Paris is Burning 11 of 11

Paris is Burning 10 of 11

Paris is Burning 9 of 11