quarta-feira, março 27, 2013

DRIFTING/EM DERIVA em São Paulo & Ponta Delgada




Drifting {} Em Deriva 


Festival Modos de existir, SESC Santo Amaro, São Paulo, Br. Abril | April 14.
Festival Walk & Talk, Ponta Delgada, Ilhas dos Açores | Azores Islands, Pt. Julho | July 10-13


derivar

1. Andar devagar, sem objetivo ou casualmente
2. Mover-se involutariamente para uma certa situação ou condição
3. Divagar ou distrair-se  para outro sujeito.
4. Movimento lento de um lugar para outro.


Em Deriva é uma proposta de colaboração entre os artistas Gustavo Ciríaco (Brasil)  & António Pedro Lopes (Portugal). Este projeto contextual leva os artistas a diferentes cidades para mapear os afetos que correm nessas cidades através de diferentes tipos de encontro. Seguindo uma lógica episódica, cada cidade é um novo capítulo neste exercício viajante que cria pontes entre pessoas e lugares.

Em Derivainspira-se no livro Cidades Invisiveisde Italo Calvino, no qual uma história particular descreve uma vila onde se vê linhas de diferentes cores conectando os seus habitantes, exibindo, cada uma delas, os afetos que correm através daquela pequena comunidade. Um laço de amor em cor vermelha forte aparece indo de uma janela a outra  no fim da rua, de um amante para o outro. Amizades, laços de família,  relações de trabalho, assim como de ódio,  distância, platonismo, empatia, repulsa ou medo se tornam visíveis através dessas linhas que cruzam a cidade. Elas dão forma a uma invisível rede de afetos, a histórias e vidas compartilhadas, através dos espaços físicos que essas pessoas habitam na cidade.

Com essa cidade imaginária de Calvino em mente, começamos a pensar como seria explorar essa situação numa cidade contemporânea. Como colocar o contexto no centro para gerar deslocamentos da experiência de uma cidade para o texto, da sua percepção para a imagem, da sua realidade para a ficção, e finalmente da sua documentação para a criação de uma performance? 

Em Deriva é um processo de habitações entre o teatro, a cidade, a deriva e o espaço do laboratório. É um projeto de encontro do outro através da intervenção em realidades comuns, onde a cidade, esta ficção compartilhada, ganha vida, se torna história e vira afeto.
O projeto foi acolhido na Mesa-Palco, Casa França- Brasil (Rio, 2010), no Bamboo Curtain Studios (Taipei, 2010), no Festival Semanas de Dança, Centro Cultural São Paulo (São Paulo, 2011), na Galeria Zé dos Bois (Lisboa, 2012) e no espaço Maus Hábitos (Porto, 2012).
...
drift 
1. Walk slowly, aimlessly or casually
2. Move involuntarily into a certain situation or condition
3. Digress or stray to another subject
4. Slow movement from one place to another

Drifting is a collaboration proposition of performing artists Gustavo Ciríaco (Brazil) & António Pedro Lopes (Portugal). This contextual project takes the artists to different cities to map the streaming affections in these cities through different sorts of meeting. On a first stage, the meeting of their two stories on a dislocated context, then the meeting with each city as an urban landscape and finally the meetingwith its inhabitants, the characters they find in the “derivation” that will feed all the creative process. Following an episodic logic, each city is a new chapter on a travelling exercise of bridging people and places.

Drifting departs from Italo Calvino’s Invisible Cities, wherein a story describes a village where one sees lines of different colours connecting the inhabitants displaying their affective ties. A love tie in full red colour is described to go from one lover’s window to another lover far down the street.Friendships, family and working ties, but also relations of hatred, distance, platonism, empathy, inspiration, repulse or fear are made visible through these crossing lines. They shape an invisible network of affections, shared lives and stories across the physical spaces they inhabit in a city.

Having in mind Calvino’s imaginary village, we started wondering how it will be like to follow these ties in a real contemporary city. We started questioning: what conceptual collaborative premise can place the context in the center to ignite dislocations from experience to text, from perception to image, from reality to fiction and from documentation to the creation of a performance? 

We start by choosing someone in a given neighborhood, a man or awoman; a first encounter, the basis and beginning for a series of meetings that we will follow from it. Each person will indicate us someone else. The next person to be contacted, a friend, a relative, an acquaintance, a co-worker, or in a more extreme case, a total stranger. In these encounters we move experiencing the space of the trivial, by entering the daily life of the local inhabitants and crossing their stories with our stories in the different places of the city. We include and accept the digressions that follow the specific conditions of the search of these meetings. In any case, each encounter suggests its own documentation and even the procedures to follow with meeting the next person. We apply drifting as a movement strategy to evolve through the different stages of the process. We start by an encounter and from there constantly digress to another subject seeking to enlarge the spectrum of study and the knowledge related to the modes of living in the hosting city. 

Drifting is a moving process inside houses and outside in the city, a project of meeting the other of all sorts judgement-free, a straight collaboration with local citizens and artists.

Drifting was a project hosted By Casa França-Brasil, in May 2010 and in residency in Bamboo Curtain Studio, Zhuwei, Taipei in July 2010. In 2011, it was in residency at Clube COMO and part of Semanas de Dança, at Centro Cultural São  Paulo, in the city of São Paulo. In 2012, the project has been hosted at Galeria Zé dos Bois, Lisbon, Pt (January) and at Maus Hábitos, Porto, Pt (Februrary).

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